Uso do álcool na aviação.
O combustível alternativo tem sido uma realidade e um objetivo perseguido desde o inicio da aviação. Já em 1897 na Enciclopédia Técnica Cientifica Francesa o álcool já aparece como combustível para motores a combustão. Durante a segunda Guerra Mundial já encontraremos farta bibliografia do uso do álcool combustível na aviação militar.
Thereza di Marzo e Anésia Pinheiro Machado foram seguramente as primeiras aviadoras do Brasil.
Anésia em seu vôo histórico comemorativo da Independência do Brasil, realizado em 1922, nos mostra que de fato a aviação desde seu inicio usou e pesquisou alguns combustíveis alternativos. Anésia com seu G 3 utilizava óleo de rícino ( oriundo da mamona) como combustível no seu motor diesel de dois tempos, ( há quem diga que era apenas lubrificado pelo óleo de rícino, numa solução com gasolina, todavia, o motor de ciclo diesel permite seu uso como combustível) radial rotativo de fabricação francesa marca Gnome-Rhomê remanescente da Primeira Guerra Mundial ( 1918).
O óleo de rícino numa solução alcoólica é largamente usado no aeromodelismo como combustível de diversos tipos de motores.
O uso do alcool combustível (Bio-combustível) e os óleos vegetais (castrol) também não são de uso recente na aviação. Na verdade parece que foram mais utilizados nos reatores (turbinas jato puro) do que os derivados de petróleo e os óleos sintéticos.
Na obra inglesa Internal Conbustion Engines de 1953, veremos em seu texto que muito antes da Segunda Guerra Mundial se experimentou o diesel, o gás natural, o benzeno, os alcoóis, o querosene, o nitrogênio, o hidrogênio e os óleos vegetais como combustível aeronáutico.
O uso civil do alcool na aviação parece indicar os vôos siberianos e árticos que desenvolveu tecnologia que faria corar de vergonha os modernos carros a alcool, incluindo os turbo alimentados.
Portanto devemos lembrar que no ano em que o professor Max Shauke, do Texas, anuncia seu vôo pioneiro movido a alcool etanol (alcool oriundo da fermentação orgânica), esqueceu-se de nos lembrar que essa pratica teve inicio em 1938 no esforço do uso como combustível do alcool de Beterraba (Inglaterra) e Batata (Rússia).
Todavia, o centro desse artigo, é que o uso do etanol e do gás natural (metano) como combustível na aviação se apresenta como uma possível solução econômica para a aviação de pequeno porte na Amazônia. O Linhito, oriundo das imensas jazidas da Amazônia pode ser a solução para a aviação de grande porte, como nos afirmam os pesquisadores de uma Universidade norte-americana.
Neste contesto surgem as Fuel Cell (Células de Energia) trata-se de uma tecnologia para a obtenção econômica do hidrogênio combustível. Desde a década de 50 foguetes e alguns reatores experimentais se utilizam desse combustível que é o mais abundante na natureza. No Brasil a tecnologia anda bem avançada a tal ponto de permitir ao cidadão comum produzir seu próprio hidrogênio combustível. (ver: celulaacombustivel.com).
Grupos isolados no país estudam essas possibilidades para a solução energética da Amazônia, onde o etanol (oriundo dos resíduos da floresta), o metano, o combustível oriundo da Linhita, as baterias solares, o petróleo amazônico, a hidroeletricidade, as células de energia (produtoras de hidrogênio e eletricidade portátil) e conseqüentemente o hidrogênio e a eletricidade portátil ( essas ultimas pelo uso de baterias), como fontes energéticas para aviões, barcos, geradores e motores estacionários e fontes energéticas para comunicação possam vir a ser a solução para a nova economia energética do Mundo.
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